domingo, 6 de novembro de 2011

Jaisalmer - Rajastão - Índia (Quarto dia)

Aqui a vida anda animada, lá vamos nós pra outra cidade, Jaisalmer. Ela é também chamada de “Cidade Dourada”, porque todas as suas construções foram feitas com arenito amarelo-dourado, constituindo os exemplos mais espetaculares da arte de lavrar pedras no Rajastão. 
Um beijinho no camelo e água de rosas pra animar o dia.
A cidade é famosa por ter o único forte habitado da Índia e também por suas havelis (casas riquíssimas dos antigos marajás), diferente das de Mandawa que eram decoradas com pinturas, aqui são entalhes nas pedras de arenito.
Jaisalmer (“Cidade Dourada”)
Havelis
No caminho percebemos as mudanças da vegetação, indo em direção ao deserto as árvores foram sumindo, surgiram pedras, areia e cactos. Também avistamos inúmeros carros do exército, com muitos homens. Esta região é bem protegida pelo governo, pois estamos a 30km do Paquistão, e ele é o grande inimigo da Índia. Os indianos, quando vão ao banheiro de manhã, dizem: “Vou ao Paquistão”, é um assunto para não discutir aqui, vamos relembrar massacres e um ódio sem igual.
Visitamos o grande forte e também suas havelis, construções belíssimas. Nessa visita ficamos em contato intenso com a população local, andamos no famoso Tuk-Tuk, o taxi mais barato da India, muitas emoções, risadas e gritinhos!
Tuk-Tuk – Prático, barato e com emoção!
Danadinha pediu pra tirar foto comigo e depois queria dinheiro, aqui todos querem!


Seguimos em direção ao deserto, a 40km encontramos o povoado Khuri, no meio das dunas, uma paisagem incrível. Depois de chegar, seguimos de jipe pelas areias e perto das montanhas subimos em camelos para percorrer-las, ali encontramos centenas de turistas se divertindo.
 Vidinha bem difícil a nossa!
Jantar especial em The Jaisal Treat, a melhor comida ate então, sem falar que é extremamente barata, 2000 mil rupias, aproximadamente R$72 reais, para cinco pessoas.  Levamos nosso motorista “Tigre” pra tomar umas cachaças junto conosco, muitas risadas!
Estamos aprendendo muito sobre a cultura e costumes locais, vou compartilhar algumas histórias:
·         Aqui meninas e meninos estudam juntos somente no primário, depois disso vão para escolas diferentes para que não tenham contato de tipo algum.
·         As mulheres casam geralmente depois dos 18 anos e os homens depois de 21, com pessoas da mesma casta. Quem escolhe com que irão casar são os pais, os noivos se conhecem apenas no dia do casamento.
·         Quando a mulher se casa, deixa para sempre a casa dos pais, ela passa a pertencer a família de seu marido, mesmo que ele morra, ela não pode voltar.
·         Os indianos moram em lugares minúsculos, e toda a família permanece junta: tios, primos, irmãos, noras, pais e avós.
·         Ninguém quer ter filha mulher, muitos exames de ultrassonografia são feitos ilegalmente no país, se o bebe for menina fazem um aborto. Uma filha mulher traz prejuízo no futuro, além de ir embora quando se casa é preciso pagar um “dote”. O dote é atualmente proibido na Índia, mas acorre de outra forma, a família do noivo pede um presente, normalmente caro.
·         Alimentação: os indianos comem com a mão e com habilidade incrível, segundo nosso guia, o metal (garfo) estraga o sabor. Lembrando, que eles só comem com a mão direita, porque a esquerda é usada para limpar as partes intimas.
·         Em todas as casas de Jaisalmer vemos um limão junto com sete pimentas penduradas na entrada das casas, todo sábado é substituído por um novo, serve para espantar mal olhado... Acho que vou colocar uma desses lá em casa (rsrs).
Onde ficar:

Nossas referencias bibliográficas usadas durante a viagem:
  • Guia Índia Chik- editora: Publifolha, 1a. edição, 2008, idioma: Português
  • Índia – autor Carriere, Jean-Claude, editora: Ediouro.
  • Guia Visual Folha de São Paulo - Índia

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