Espero que meus relatos sejam úteis para quem sonha em se aventurar pela Índia, mas viajar é uma experiência única, o quanto se aproveita depende muito de nossas atitudes e planejamento. Cada turista sente e percebe de forma diferente, o que me faz feliz ou triste, o que é bom ou ruim, bonito ou feio, satisfatório ou não pra mim, pode não ser para outras pessoas. O autor Jean Claude Carriere, diz que “toda viagem é ilusão e todo relato de viagem é mentira. Não vemos, acreditamos ver, como, alias, enganadora é a vida, por sua própria natureza.”
Saímos de São Paulo no dia 31 de outubro em direção a cidade de Nova Delhi, capital da Índia. Essa foi a primeira vez que voei pela Turkish Airlines e mesmo viajando na classe econômica tive boas surpresas, cardápio para escolha do jantar, maior espaço e a poltrona inclina o dobro das outras que estou acostumada a viajar. Não posso dizer que foi excelente, afinal, dormir sentado nunca vai ser maravilhoso, mas esses itens facilitaram bastante o trajeto, principalmente por ser longo.
Depois de totalizar 21 horas de viagem, finalmente estamos em Nova Delhi, ela é a terceira maior cidade do país, com cerca de 16 milhões de pessoas. Chegamos as quatro e meia da manhã quando no Brasil ainda era inicio da noite, a diferença de horário entre os países é de oito horas e meia.
Vilhena-RO/Cuiabá-MT (1:20h)
Cuiabá-MT/São Paulo-SP (1:50h)
São Paulo-SP/Istambul-Turquia (11:50hs)
Istambul-Turquia/Nova Delhi-Índia (7:10hs)
Acabei de chegar e já começo a compreender porque chamam a Índia de "inexplicável", quantos contrastes, animais perambulando pela rua, trajes coloridos, multidão, construções modernas, miséria, assédio intenso... uma chegada assustadora! Uall
O voo de São Paulo a Delhi teve duração de 19:05hs, durante esse período foram servidos três jantares, íamos sempre em direção ao anoitecer dos outros países, assim, nós perdemos completamente a noção do tempo.
Vim para India com uma ideia de pobreza extrema e já na chegada tive uma surpresa com o aeroporto de Delhi, além de ser belíssimo, é moderno e eficiente, digno de padrões europeus.
Algumas horas para descansar e já saímos visitando alguns templos, para entrar é preciso tirar os sapatos, alguns deixam usar meia e outros não, os templos não são tão sujos, é possível caminhar sem problemas. Para todos os passeios temos um motorista, pois aqui a mão é a esquerda, como na Inglaterra, e o transito é um caos. Nosso motorista se chama Tiger, que significa tigre, e o guia é Ravi, que significa sol. Aqui todos tem o nome com algum significado importante para eles.
Nova Delhi reflete todos os problemas sociais da Índia, mas é uma cidade surpreendente, tem belas construções, franquias, grandes industrias e inúmeros parques com jardins belíssimos, como as grandes cidades do mundo.
Visita ao tumulo de Mahatma Gandhi |
Paramos para almoçar às 15hs, em um restaurante internacional – Supirate - e este primeiro contato com a comida indiana não foi muito agradável, tivemos problemas com a pimenta, mesmo pedindo para não colocar eles deixaram bem picante, logo vamos nos adaptar. O almoço para quatro pessoas custou 3000 mil rupias, aproximadamente R$120 reais.
Sem duvida a melhor visita do dia foi a Casa de AdoraçãoBaha’i, seu projeto é inspirado na flor de lótus, que é extremamente bonita, ela é símbolo de pureza que está inseparavelmente associada a adoração e a religião da Índia.
A noite saímos passear nas redondezas do hotel, havia muita sujeira e cheiros fortes, homens vendendo comida (arroz, batata, bolinhos fritos, sopas, chás e outros), roupas novas e usadas, bijuteria, artesanato e tudo mais que se possa imaginar. Em geral os atendentes são homens, seja na rua ou dentro das lojas, inclusive onde os artigos são femininos. Atravessar a rua a pé foi sem duvida uma aventura, às vezes você precisa sair correndo, em outras quase é atropelado ou espera muito tempo para passar, loucuras do trânsito indiano. (Em breve contarei detalhes sobre o transito local, muito louco!)
Onde ficar:
- Hotel The Park (http://www.theparkhotels.com/)
Nossas referencias bibliográficas usadas durante a viagem:
- Guia Índia Chik- editora: Publifolha, 1a. edição, 2008, idioma: Português
- Índia – autor Carriere, Jean-Claude, editora: Ediouro.
- Guia Visual Folha de São Paulo - Índia
Adoreiiiiiiiiii.
ResponderExcluirDepois de tanta preparação, ansiedade... horas de vôo!
E ainda tantas surpresas!
É só o começo.
Aproveitem.