domingo, 2 de outubro de 2016

Petra - JORDÂNIA + Jerusalém - ISRAEL

Toda católico sonha em conhecer Jerusalém, e eu me sinto imensamente privilegiada por fazer este passeio ainda tão jovem, sem duvida um momento marcante em nossas vidas. Meu esposo, como sempre, tenta transformar nossas viagens em passeios inesquecíveis, e ainda, conseguiu incluir no nosso roteiro, uma breve passagem por Petra, na Jordânia, historia que vou contar agora.
Viajamos mais uma vez com a Turkish, voando 12 horas ate Istambul, na Turquia, e mais 1:40h até Tel Aviv, a segunda maior cidade e capital de Israel. Chegamos as 3hs da manhã e pela primeira vez na vida, fomos barrados na alfândega, selecionados junto à cerca de vinte pessoas para uma inspeção mais rigorosa, com certeza um momento de tensão, ficamos aproximadamente uma hora isolados, aguardando um agente, que veio apenas nos dar boas vindas e orientar sobre o turismo na região, ufa nada preocupante. 
.  Já com o visto nas mãos, fomos para a locação de veículos, onde tivemos outra surpresa, em Israel as agencias limitam os km, com aluguel de dois dias só podíamos percorrer 250km, tivemos que pagar um dia extra para poder ter km livres. Já com o carro, fomos para o hotel descansar.
No outro dia acordamos um pouco mais tarde e fomos direto para o almoço, onde tivemos um delicioso banquete turco. A cidade de Tel Aviv é muito bonita, orla lotada, milhares de turistas percorrendo suas ruas, vários parques, bons hotéis e belas paisagens. O preço por aqui é um pouco assustador, se deseja conhecer Israel, prepare o bolso.


As 16hs fomos ao aeroporto para encontrar dois companheiros de viagem, que vieram em outro vôo, de lá partimos para Eilat, a última cidade de Israel, na fronteira com a Jordânia, foram 329km. Ali passamos a noite, para então, no dia seguinte, cruzar a fronteira e conhecer mais uma das Sete Maravilhas do Mundo, Petra.
Partimos as 7hs da manhã para a fronteira, ela fica a poucos minutos do centro. A travessia é bem simples, mas com certeza uma aventura. Deixamos o carro em um grande e bagunçado estacionamento e cruzamos a pé, passando pela alfândega de Israel, onde apresentamos os passaportes e pagamos uma taxa de R$100,00 por pessoa. Caminhamos alguns minutos por uma área de deserto e chegamos a alfândega da Jordânia, ali perdemos mais algum tempo preenchendo papéis e aguardando a liberação. Na própria alfândega, existe uma casa de câmbio, onde trocamos dinheiro para passar o dia. Depois de liberados, caminhamos mais uns 100 metros para encontrar um ponto de taxi, onde os clientes são extremamente explorados, já que essa é a única forma de chegar ate a próxima cidade, onde alugamos um carro.
Cruzando a fronteira


Pagando as taxas para cruzar a fronteira de Israel para Jordania




Até Petra são 150 km de puro deserto. Arriscamos fazer o percurso sem GPS, mas tivemos que parar algumas vezes para pedir informação, as placas são indecifráveis.
Ao chegar em Petra, compramos os Tickets (500,00 reais por pessoa) e seguimos para a entrada principal, onde fomos aconselhados por um guia a alugar uma charrete, eles cobram 100 reais pelo transporte de ida e volta, ate o ponto principal. O sol estava insuportável e o trajeto é feito meio a pedras, não aconselho ir a pé, seria insuportável. A charrete balança um pouco, mas vale a pena, passamos por lindos cânions, um verdadeiro cenário de filmes. Poucos minutos depois já estávamos em frente À camara do tesouro, principal obra do povo nabateu, que habitou o local no ano de 312 a. C. Estamos diante de milhares de casas cavadas nas pedras, uma obra incrível, um lugar único no mundo, que a partir deste momento, esta na minha lista entre os 10 lugares preferidos.



Depois de muitas fotos, percorremos um longo trecho para conhecer todo o mistério de Petra. Este passeio é desafiador, muita caminhada, regada a um calor terrível, mas valeu cada segundo que estivemos la. Mais um carimbo, mais uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno. (Uhull só falta uma!)
Para voltar fizemos todo o trajeto de charrete, mais 159km de carro até a cidade de entrada na Jordânia, e mais uma vez de taxi até a fronteira, onde atravessamos a pé, passando por muita fiscalização e burocracia, pagando taxas, tanto do lado da Jordânia, quanto de Israel. Este com certeza é um passeio para turistas aventureiros e dispostos a gastar uma boa quantia em dinheiro. A questão é, vale a pena? Sim, vale muito, é mesmo magnífico. Dia longo, de 6hs da manhã as 23hs, de volta a Tel Aviv.

Gastos de dois dias para conhecer Petra em cinco pessoas.
01/10  Aluguel do carro 800,00 reais + Estacionamento de uma noite em Tel Aviv 154,00 
02/10 hotel Sea Land 377,00 + Almoço 404,00 + lanche no aeroporto 85,00 + 188,00 mercado
03/10 500,00 taxa na alfandega para sair de Israel para Jordânia/ 698,00 Hotel Sunset Inn  + 150,00 Taxi + 500,00 carro alugado na Jordânia + 4,00 água + 1500,00 alfândega de Israel saída para Petra + 72,00 chapéus para aguentar o sol insuportável + 300,00 carroça + 2358,00 entrada em Petra+ 110,00 combustível + 1000,00 pagos na alfândega da Jordânia para sair + 125,00 de taxa na alfândega + 70,00 reais no mercado + 153,00 mais um dia de aluguel de carro + combustível 53,00
Total 9.601,00

Jerusalém - Israel 
O trecho da Jordânia fizemos totalmente sozinhos, mas para o período que ficamos em Israel, contratamos um guia, que nos acompanhou durante toda a viagem. Essa medida foi muito importante para nossa segurança, já que Israel e um país de muitos contrastes e conflitos entre os judeus e palestinos.
Por toda cidade jovens militares e muitos civis andam armados, alem da segurança ser reforçada em hotéis, shopping e restaurantes, praticamente em todos estes locais há detectores de metais e forte segurança nas portas. Nosso passeio foi extremamente seguro, mas ao mesmo tempo assustador, pois não estamos acostumados com armas e cercas, que demarcam território, junto a fortes ameaças de morte, caso ultrapasse qualquer limite terrestre, já determinado pelos religiosos.
Na manha do dia 04 partimos de Tel Aviv em direção ao Mar da Galileia, passando por vários pontos turísticos. Ainda pela manha paramos no aqueduto de Cesaria, uma obra majestosa, com 20km de extensão, construído pelos romanos por volta de ano 12 e usado durante 400 anos.
 Seguimos passando por várias cidades e construções antigas, conhecendo um pouco da história, que foi relembrada por nosso guia. São momentos incríveis, afinal estamos passando pelo berço da historia da humanidade, todos os detalhes que conhecemos nos livros, diante de nossos olhos.
Chegamos no meio da tarde a Basílica da Anunciação, onde foi anunciada a gravidez de Maria.

Fim de noite em Tiberíades, cidade às margens do mar de Galiléia, onde passamos a noite, desfrutando as delicias locais.
No outro dia, seguindo nossa rota, saímos às 8hs passando pelo monte da Anunciação e Mar da Galiléia. Em Capharnaum conhecemos a casa de Pedro, onde Jesus viveu por três anos e fez a multiplicação de pães e peixes.
Mar da Galileia

Seguimos para Jerusalém, cidade encantadora, de grande significado para os cristãos. As construções são completamente diferentes do que vemos em outros países, são templos e locais muito simples, sem imagens, ouro, pinturas ou qualquer tipo de ostentação, onde podemos ter momentos de reflexão, percorrendo os caminhos de Jesus, o messias da fé cristã!
Logo na chegada a Jerusalem, nosso guia nos levou a Belém, onde Jesus nasceu, mas ele não pode atravessar a fronteira, pois Belém está sob domínio palestino, e nenhum judeu pode atravessar o muro que divide a área. Um palestino veio nos buscar e levar até a gruta do nascimento, mas antes disso nos levaram a uma loja, para que comprássemos algumas lembranças em troca do serviço prestado. Neste momento descobrimos o  que é viver perigosamente! Nós entramos por conta e risco próprio, não há nenhuma certeza de segurança.  Difícil acreditar que meio a tanta fé, há tanta violência e ao mesmo tempo, tanta segurança. E uma forma de viver completamente diferente da nossa realidade.
No próximo dia visitamos o local de peregrinação e morte Jesus, seguindo para o muro das lamentações. A noite fomos a um mercado no centro da cidade, local delicioso com muitos produtos típicos, bares e restaurante, vale a pena conhecer, até porque, não há muito o que fazer na cidade, além das rotas religiosas.
Local da Crucificação e morte de Jesus 

No próximo dia, após uma noite divertidíssima no centro da cidade, fomos ao museu de Israel, onde estão os famosos manuscritos que representam os textos bíblicos, e também uma maquete da cidade velha de Jerusalém, representando a realidade de 2000 mil anos atrás. Um passeio imperdível!

A tarde seguimos para um vista panorâmica, onde vimos toda a cidade de pontos privilegiados. Ao fim do dia, em torno de 4hs, de volta ao centro, todo o comércio, ônibus, trem e tudo mais começaram a fechar, pois os judeus guardam o período que o sol se pões na sexta-feira, até as 19hs do sábado.  As ruas ficam um deserto, para jantar tivemos que usar um taxi, o único meio de transporte que ainda funciona nesse período. Assim, seguimos ate a cidade velha, onde conseguimos jantar, já que o domínio dessa área é muçulmano.

No sábado, tivemos uma surpresa ao chegar para tomar nosso café da manha, como os judeus guardam este dia, nada pode ser preparado ou esquentado, então, serviram apenas alguns itens que foram preparados em dias anteriores. Dane-se o turista, aqui o que importa são os costumes.
É difícil para nós compreender alguns hábitos e todas as divisões que existem em Israel, muitas áreas hoje dominadas pelos israelitas, já foram da Cis-Jordânia e continuam ocupadas por eles, porém devem satisfação a Israel, normalmente essas áreas são cercadas por muros. Daí a importância do nosso guia, que sabe onde pode circular, e onde não pode, sequer passar perto.
No último dia fomos conhecer as ruínas da fortaleza de Masala, um lugar extraordinário, construído por Herodes, O Grande, poucos anos antes de Cristo. Masada é Patrimônio Mundial da UNESCO, com uma historia incrível, cheia de ação e tragedia. Passeio lindo,  no alto de um monte rochoso. super recomendo.


Para finalizar nossa viagem, fomos ao Mar Morto, assim denominado, pela ausência de vida nas suas águas. Este é um passeio clássico, que traz a fantástica experiencia de boiar, basta tirar os pés do chão, e vai sentir a água te empurrando pra cima, isso acontece devido a sua alta concentração de sal, que é dez vezes maior que a do oceano. Momento para tirar a clássica foto lendo um jornal. Imperdível, vá e viva esta experiencia.



Curiosidades

  • Durante o passeio, vimos nas estradas muitos beduínos, povos que desejam ser livres, vivem em tendas, mudando de tempo em tempo, pois acreditam que a vida tradicional é uma prisão. Suas casas são horríveis, como um grande assentamento de sem terras, porem com toda infra-estrutura, internet, televisão, geladeira e tudo mais.
  • Ha também muitas comunidades, chamadas kibutz, eles vivem no sistema socialista, por crer que um depende totalmente do outro. Alguem recolhe todo o dinheiro produzido e redistribui.
  • Tudo muito caro, prepare o bolso.
  • Durante nosso passeio, passamos por Jerico, uma das cidades mais antigas do mundo, com 9mil anos.
  •  Banheiros muito sujos.
  • Por todas as partes há coqueiros, mas aqui não há coco, são coqueiros que produzem tâmaras, há áreas que produzem para venda, mas nas ruas elas caem no chão, por todos os lados, para nós é totalmente atípico.
 Custo para de cinco dias para cinco pessoas.
04/10  667,09 hotel + 169,00 passeio próximo a Cesario + 410,00 almoço + 1333,00 hotel + 37,60 bebidas
05/10 34,18 entrada da van em dois pontos turísticos + 52,50 bebidas + 197,00
06/10 Hotel 3212,00 + Taxi 53,00 + 50,00
07/10 197,09 almoço + 17,00 bebidas + 86,00 + 255,00 jantar e bebidas
08/10 154,00 almoço + 129,00  jantar 92,30 cerveja e mel + 306,00 almoço + 65,00 água sorvete + 320,00 entrada a mesada +
Guia para todos os dias 10.500,00 



quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Viagem de carro de Vilhena a Cusco - Peru

De Vilhena a Machu Picchu de carro!
Iniciamos nossa viagem no dia 01-09-16, às 10:45, rumo a uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno, Machu Picchu, uma cidade antiga e misteriosa. Com poucas paradas, percorremos 790km até Jaci Paraná, onde chegamos às 20hs. Decidimos rodar bem no primeiro dia para adiantar um pouco do seguinte, quando vamos percorrer uma distância maior e ainda teremos que passar pela fiscalização da fronteira. Em Jaci Paraná dormimos no hotel Fama, bem simples, mas é o melhor da cidade, não dá pra arriscar outro.
As 6:40 da manhã seguimos de Jaci Paraná em direção a Maldonado, uma cidade do Peru, que serve de base para os turistas em direção a Machu Picchu
Até a divisa do país percorremos 753km, passando por vários trechos de estrada ruim, demoramos oito horas e meia para fazer esse percurso.

Na saída do Brasil, passamos pela polícia Federal brasileira para pegar uma liberação, dois km depois paramos em Inapari, já no Peru, para preencher um formulário de entrada no país e também tirar uma autorização e seguro  para o carro, demoramos em torno de 40 minutos para finalizar todos os procedimentos. Ali já trocamos o dinheiro por Soles, moeda nacional peruana, o câmbio foi de 1 por 1.
Inapari - Primeira cidade do Peru, bem assustadora.
Abastecemos logo após o posto de fiscalização, já tínhamos a informação de que não existe outros postos por um longo trajeto. 
A estrada peruana está impecável, nenhum burraquinho, vergonhoso para nós que acabamos de deixar os buracos do Brasil.
Percorremos mais 230km até a cidade de Porto Maldonado, onde passamos a noite. Neste dia foram onze horas de viagem, praticamente sem paradas, somente as muito necessárias. Maldonado é um pouco assustadora, pra nós que já estivemos na Bolívia e Índia é tranquilo, mas para quem nunca viu essa confusão, provável que sofra o choque. Há muitas motos e tuc-tuc (moto adaptada), buzinando e passando para todos os lados, além disso a cidade é feia e mal conservada.  Ficamos hospedados no hotel Cabana Quinta, para a cidade ele foi excelente, ficaria lá novamente. Nosso jantar foi no restaurante Burgos, onde comemos a famosa Parrilha peruana, adoramos.

No dia seguinte tomamos um café da manhã reforçado para seguir viagem, neste dia percorremos 530km atravessando a cordilheira dos Andes. Prepare o fôlego, porque o trajeto é cansativo, muitas curvas, que são recompensadas pelas lindas fotos. 


No caminho paramos em uma pequena comunidade para observar uma festa de casamento que estava acontecendo, isso nos rendeu boas fotos. Os peruanos são extremamente receptivos, chegaram a nos oferecer almoço, mas preferimos não arriscar. 

É preciso carregar água e comida a bordo, simplesmente não existe mercados e restaurantes no caminho, levei vários lanchinhos, era só o que tínhamos para consumir durante esse trajeto.
Chegamos às 17hs em Cusco, a cidade é enorme, com mais de  300 mil pessoas. Ficamos hospedados bem próximo à Praça das Armas, no hotel Aranjuez, bem em frente há um restaurante maravilhoso, super recomendo.
Não conseguimos sair, devido a falta de ar e dor de cabeça, resultado da altitude, Cusco está a 3330 Metros. Ao chegar no hotel recebemos como cortesia o chá de coca, famoso por aliviar os sintomas, mas para nós não teve nenhum efeito, passamos mal durante toda a estadia.

Pela manhã, uma guia que contratamos previamente, veio nos buscar no hotel para seguir o city tour em Cusco e redondeza. Começamos pelo parque Saqsaywaman, onde há várias construções em pedras da época dos Incas, seguimos para o Vale Sagrado, composto por numerosos rios, criando uma paisagem incrível, para finalizar fomos a Salineira, um lugar incrível, onde há mais de três mil poços de sal, que produzem sal de qualidade a mais de 2 mil anos, super recomendo esta visita, um lugar único.


Salineira
Fim de tarde, já de volta a Cusco, fomos ao famoso Mercado San Pedro, porém ele estava fechado e todas as barracas estavam do lado de fora, uma grande confusão, não conseguimos parar. De lá fomos ao hotel deixar o carro e pegamos um táxi (por 5,00) para conhecer o shopping Real Plaza, o melhor da cidade, como era domingo estava um verdadeiro caos, milhares de peruanos se divertiam com as crianças, lotando os corredores. De lá fomos a Plaza de Armas,  principal ponto turístico da cidade, ali caminhamos e gastamos tempo observando o povo local.

Apesar de ser o terceiro dia, ainda não conseguimos nos adaptar a altitude, sentimos muita falta de ar, impossível fazer qualquer esforço físico sem sofrer, além da dor de cabeça que vai e volta.
No dia 05, partimos as 7:30 para visitar a tão esperada Machu Picchu, a cidade perdida dos Incas. Percorremos 100km de Cusco a Olamttaytamo, cidade onde pegamos o trem até Águas Calientes e de lá seguimos um pequeno trecho de ônibus até Machu Picchu.
O turista é muito explorado neste passeio, só ha duas formas para chegar a Águas Calientes, de trem, pagando $145 dólares, ou quatro dias a pé pelas montanhas, acreditem, vimos muitas pessoas fazendo esta caminhada. Os hotéis em Águas Calientes também são muito caros, bem como restaurantes e tudo mais, prepare o bolso.


Machu Picchu é realmente maravilhoso, todo o esforço vale a pena, mas essa viagem é para se fazer apenas uma vez na vida, não pretendo voltar. O programa é bem puxado, aproveite para ir enquanto for jovem.




Fizemos o passeio acompanhados de um guia que contou todos os detalhes da história, essencial ter um.
A noite aproveitamos para curtir Águas Calientes, há muitos bares e restaurante bem decorado para atrair os turistas.

Já pela manhã, pegamos o trem no primeiro horário para voltar a Olantayttamo, onde estava nosso carro. De lá partimos para Puno, para conhecer o lago Titicaca. No caminho passamos por Juliaca, uma cidade com mais de 200 mil habitantes, caótica e miserável, pra quem ainda não conhece a Índia, este é um bom lugar para adaptação.
Puno fica às margens do lago Titicaca. Como todas as outras cidades é bem caótica e miserável, somente o centro pouco mais organizado. 

Uma das coisas que mais gostei no Peru foi a comida, há bons restaurantes, com comida saborosa. Em Puno fomos a um restaurante com danças típicas, onde comi o famoso Cuy, para nós o porquinho da Índia, ele é delicioso!

Pela manhã uma guia nos pegou no hotel para um tour pelo lago Titicaca, fizemos um passeio incrível nas aldeias flutuantes. Os habitantes das ilhas ficam preparados esperando pelos turistas, mostram suas casas, artesanatos e falam um pouco sobre o dia a dia em cima das águas. Tentam nos agradar, emprestando suas vestimentas para que depois compremos algo produzido por elas.



Deixamos Puno as 10:30hs em direção a Puerto Maldonado, onde chegamos às  21hs. Este é o trecho que cortamos novamente toda a Cordilheira dos Andes, foi o caminho mais bonito que passamos, mas prepare o astral para tantas curvas. Neste trajeto, por volta de 15:30,  já muito cansados e com fome, avistamos um pequeno restaurante, quase como uma miragem, paramos e comemos as famosas trutas fritas, com arroz e salada, acreditem, essa é a melhor coisa que pode acontecer meio a tantas montanhas!
Já em Puerto Maldonado, voltamos a respirar normalmente, o que nos proporcionou uma boa noite de sono. Descansamos para no próximo dia regressar ao Brasil.
De Maldonado a Inapari, cidade que faz divisa com o Brasil, percorremos por 330km, passando por muitas plantações de mamão e por milhares de quebra mola, eles têm o costume de colocar quebra mola na rodovia em frente à todas as pequenas propriedades e vilas, acredite, enchem o saco de qualquer turista.
Machu Picchu é remota e maravilhosa, mas pela distancia, o percurso de montanhas e os efeitos da altitude, não pretendemos voltar, aproveitamos muito bem e tiramos lindas fotos para recordar.


Gastos Peru

01/09 Vilhena a Jaci Paraná 400,00 de combustível
01/09 Hotel em Jaci Paraná 90,00
02/09 Travessia de balsa, divisa de Rondônia com Acre, pelo Rio Madeira 16,00
02/09 Combustível 120,00 (extrema de Rondônia) + 20,00 reais em Brasileia e mais 100,00 já no Peru. Até Maldonado passamos por dois pedágios cada um custando 6,20.
Hotel Cabana Quinta 260,00 + jantar em Burgos 100,00
03 e 04/09 500,00 dois dias de hotel em Cusco (Aranjuez)
Jantar em Lá Quinta (em frente ao hotel) 100,00
Almoço dia 04/09 em Vale Sagrado 205,00
Trem para Machu Picchu 1600,00 (para três pessoas)
05/09 gasolina 120,00 / hotel em Águas Calientes 315,00 / jantar 37,00 / frutas 20,00 / guia para dois dias 1530,00 (incluso almoço + passagem de ônibus de Aguas Calientes a Machu Picchu)
06/09 hotel em Puno 280,00 + jantar 200,00
07/09 guia para passeio no Titicaca 300,00 + combustível 110,00 + frutas, água, gelo, etc 50,00
07 e 08/09 Pedágios 50,00, hotel em Puerto Maldonado 220,00 (Puerto Amazônico) + Combustível 50,00
09/09 hotel em Rio Branco 267,00 + combustível 190,00

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Maravilhosa Croácia e Bosnia-Herzegovina, com direito a uma tarde na Turquia!

Voando mais uma vez pela Turkish, não posso deixar de comentar, que as poltronas e alimentação, mesmo na classe econômica são excelentes, bem diferentes das outras empresas que costumamos viajar. Fizemos o voo até Istanbul, na Turquia, onde passamos a noite, infelizmente não tivemos oportunidade de conhecer a cidade, mas fomos muito bem recepcionados pelos turcos. No dia seguinte saímos cedo, mais uma hora e meia de voo até Dubrovnik, localizada na região da Dalmácia, a parte mais visitada da Croácia. Ficamos hospedados a menos de 300 metros do centro histórico da cidade, onde estão as principais construções, cercadas por uma muralha de 1940 metros, que foi cenário de Game of Thrones e já foi intensamente bombardeada. As muralhas podem ser percorridas pelos turistas, proporcionando uma vista maravilhosa da cidade, cercada pelo mar Adriático. Vale a pena, passe longas horas caminhando pelo centro, desfrutando de boa música e comida.

A cidade dispõe de um teleférico que conecta as muralhas de Dubrovnik com o monte Srd (nome impronunciável para brasileiros), com percurso de três minutos e uma vista maravilhosa.

Ficamos em Dubrovnik um dia e meio, foi suficiente para conhecer tudo. Alguns guias indicavam ficar até uma semana, mas não recomendo, acredito que seja um desperdício de tempo, com tantas coisas para conhecer na região.

(21/05) Saímos bem cedo de Dubrovnik em direção a Hvar. Voltamos ao aeroporto para pegar um carro que alugamos. O serviço local é caótico e demorado, só depois de algumas horas, já com o automóvel, seguimos a viagem. Passamos por Ston, cidade com a segunda maior muralha do mundo e depois a Split, onde conhecemos o Palácio de Diocleciano, que foi imperador em 283. Ele foi construído na baía de Split, onde hoje há milhares de restaurantes, bares e forte comércio.

Passamos ali algumas horas percorrendo as construções e desfrutando do ambiente descontraído. Era em Split que pretendíamos pegar uma balsa para ir à ilha de Hvar, infelizmente não conseguimos, pois são apenas três horários por dia e nós perdemos a saída da tarde por meia hora, isso nos fez viajar de volta por 100km até Djrenik, lá esperamos um pouco e saímos na balsa das 17hs. Para quem pretende fazer esse passeio é importante estar informado sobre os horários.
O trajeto de balsa tem duração de meia hora, ao desembarcar na cidade de Sucuraj, já na ilha de Hvar, percorremos 77km até a cidade, passando por uma estrada difícil, porém bela, com muitas curvas e desfiladeiros. A ilha de Hvar é uma pérola do Adriático, por seu tesouro artístico, boas praias, clima brando e campos de lavanda, atualmente é um dos lugares mais badalados da Europa.
(22/05) Domingo acordamos super cedo para passear, pois ficamos hospedados no centro da cidade e o sino da igreja está bem ao lado, batendo a cada meia hora a partir das 6hs, impossível ficar na cama. Depois de um delicioso café no centro de Hvar, seguimos para o forte da cidade, uma linda construção, de onde temos a melhor vista, imperdível.

Como estamos de carro, passeamos pela ilha, entrando em pequenas cidades e parando nos pontos mais bonitos para observar e fotografar o mar, as flores e as lindas construções. Este passeio acabou se estendendo para a tarde, com nossa ida a Stari Grad, cidade ponto de travessia com a balsa, ali almoçamos à beira-mar. Já no fim da tarde de volta a Hvar passeamos pela cidade desfrutando do dia ensolarado. Fomos conhecer o famoso bar Hula-Hula, que lota todos os dias a partir das 16hs, um lugar privilegiado, com muitos drinks e gente bonita.

Dia 23/05 – Em Stari Grad a balsa sai apenas em três horários, isso nos fez partir cedo para pegar a primeira as 5:30, o trajeto até Split durou duas horas, mas esta balsa é bem estruturada, com lanchonete e poltronas confortáveis, fácil para passar o tempo. Descemos em Split e seguimos para Plitvice, onde estão os famosos lagos do país. No caminho passamos por Trogir, Zadar e Zagreb, capital da Croácia, onde passamos a tarde percorrendo os principais pontos turísticos da cidade.


Chegamos no início da noite em Jezera, a cidade dos lagos, noite agradável com uma boa chuva, um bom vinho e queijo de cabra que compramos no caminho para acompanhar. Os lagos Plitvice são Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, a paisagem natural e suas aguas esverdeadas, são difíceis de acreditar a olho nu, foi um dos lugares mais lindos que já visitei.



Com o coração partido e com as melhores imagens da viagem, precisamos seguir, dos lagos fomos a Saravejo, na Bósnia. Bem próximo aos lagos existe a fronteira, onde ficamos uns vinte minutos para conseguir passar. Já com os passaportes carimbados seguimos passando por lindas paisagens à beira de rios e construções, bem diferentes da Croácia.
Mesmo depois de duas décadas do conflito que destruiu 70% do país, as cidades carregam o peso de ter sido cenário de violência, por toda Bósnia e Herzegovina vimos milhares de casas abandonadas e muitas completamente perfuradas pelos tiros do período de guerra. Pra nós foi lugar emocionante, nunca visitei um país com tantos vestígios de um conflito.


A Bósnia é mais barata para viajar do que a Croácia, combustível, refeições e hospedagem pela metade do preço. Pelo caminho paramos em um restaurante típico onde ninguém falava inglês, momento para aperfeiçoar as mímicas, ali comemos porco e carneiro com uma boa salada e pães, que tanto aqui, quanto na Croácia são deliciosos.

Chegando a Saravejo, capital da Bósnia, percorremos todo o centro histórico, passando por ruas estreitas e visualizando as casas destruídas e abandonadas. A cidade possui mais de cem mesquitas, algumas erguidas no século 16 sob orientação do Império Otomano.

Saravejo tem no centro alguns prédios modernos, mas em geral a cidade não é bonita, tanto que paramos apenas por algumas horas no shopping e continuamos a viagem até Foca, onde passamos a noite. Os preços na Bósnia são simplesmente maravilhosos, nem se compara a Croácia, impossível não comprar algumas coisas. Um fator negativo para os dois países que viajamos é o cigarro, tenho a impressão de que todos no país fumam, o cigarro é liberado em todos os ambientes, seja shopping, restaurantes e hotéis, em todas as mesas há cinzeiro, impossível ficar em alguns lugares.
(25/05) Saímos de Foca em direção a Dubrovinik, passando por Medjugoje, um santuário que atrai cristãos do mundo todo. O local ficou famoso em 1981, quando Nossa Senhora teria aparecido para seis crianças. Há quem diga que até hoje ocorrem aparições.

Chegamos em Dubrovinik a noite, onde passamos nosso último dia, batendo perna e desfrutando as delicias da culinária local.
(26/05) Depois de dias deliciosos, seguimos para casa, passando pela Turquia. Nosso voo saiu as 11:30 e duas horas depois estávamos em Istambul, Turquia. Como tínhamos apenas uma tarde para a cidade, ficamos em um hotel ao lado das principais atrações, Mesquita Azul e Santa Sophia, a mais ou menos um quilômetro do Grande Bazar, onde pode-se encontrar de tudo um pouco, doces, chás, roupas falsificadas, assim como muitas mercadorias chinesas, louças turcas, artesanato e ouro, vale a pena dar uma passada para conhecer. Istambul é uma cidade incrível, o centro é tomado por ruas estreitas e comércio popular, comida pra todos os lados, muita gente, vendedores nos assediando e muitas mesquitas espalhadas por toda cidade. Foram horas incríveis, partimos com o coração apertado, com vontade de ficar e desfrutar de tudo. Está na lista de próximos destinos.