terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Desfrutando os prazeres da culinária tailandesa, cambojana e vietnamita.

A cultura forte e exótica, as cores, a arquitetura milenar, o budismo, as massagens e o carisma da população foram alguns dos motivos para visitar a Tailândia, Camboja e Vietnam, mas teve algo que nos fascinou e merece um espaço especial no meu blog, “a maravilhosa culinária”.
Foram doze dias de puro prazer, saboreando diversos pratos. Sempre muito aromáticos, eles misturam o azedo, salgado, agridoce e apimentado, servidos em pequenas porções, nas quais os alimentos são cortados e distribuídos de forma artística e criativa.
Os principais ingredientes são: castanha de caju, vários tipos de curry, folhas de arroz, coco, lemon grass, gengibre, coentro, manjericão, amendoim, hortaliças frescas, carne de frango e porco, frutos do mar e peixes e o arroz jasmine que acompanha todas as refeições, além de alguns temperos diferentes que não conhecemos.

A seguir algumas fotos dos pratos da viagem:





















sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

De volta a Bangkok, últimos dias de viagem...

1º dia
O rei da Tailândia é a figura mais respeitada do país, há incontáveis fotografias estampadas em outdoors pela cidade de Bangkok. Alguns acreditam que ele seja o homem mais rico do mundo, mas não está comprovado. Falar mal da majestade, é um crime gravíssimo e pode render longos anos na cadeia.
O rei faz aniversário no dia 05 de dezembro e todo ano oferece uma grande festa, com duração de quatro dias. Nós estamos com sorte, hoje é o primeiro dia e como tínhamos a tarde livre fomos conhecer a festividade.

Para os tailandeses, cada dia da semana é representado por uma cor: Segunda é amarelo, terça é rosa, quarta é verde, quinta é marrom, sexta é azul, sábado é violeta e domingo é vermelho. Como o rei nasceu em uma segunda-feira, sua cor oficial é amarelo, por isso, toda a cidade é coberta de tecidos e flores desta cor.

Fomos à avenida Ratahadamnoen, ao lado do parlamento, onde a festa aconteceria no período da noite, mas já havia comidinhas e tudo cuidadosamente decorado. A prioridade é a demonstração das riquezas do país. Linda festa!

O parlamente fica a algumas quadras de Kao San Road, o bairro dos mochileiros, famoso pelos hotéis baratos, barracas de comidas exóticas, baladas, lojinhas, restaurantes, venda de documentos falsos de todo o mundo e ainda, muitos malucos. Ali passamos algumas horas se divertindo com as maluquices, é um passeio imperdível.

O transito neste dia estava uma loucura, então, decidimos seguir a recomendação: se não puder chegar de trem ou barco, não vá. Kao San Road, fica bem próximo ao Chao Phraya, o rio mais importante de Bangkok, que corta toda a cidade, então seguimos o mapa até o píer 13 e embarcamos em um barco público regular, pagando uma verdadeira pechincha, apenas R$1,00 (Um real). Quando o barco encostou no píer, levamos um susto, não imaginávamos que era tão lotado, dava a impressão de que iria afundar, com tantas pessoas a bordo. O passeio valeu pelas imagens, acompanhamos o anoitecer enquanto navegávamos. Vida real em Bangkok!

Fomos até a estação central (píer 01), onde há um barco que faz transporte gratuito até o Asiatique, um charmoso ponto turístico, com mais de 3 mil lojinhas e restaurantes sofisticados. Pra mim é um ponto imperdível! Fomos para ficar apenas um tempinho, mas gostamos tanto, que passamos horas desfrutando as delicias do lugar.


2º dia
Dia intenso! Saímos as 7horas, para percorrer 100km até o mercado flutuante mais famoso do país, Dumnoen Saduak, localizado na cidade de Samutsongkram.

No caminho passamos por campos de sal e belas plantações de arroz, além de uma parada técnica, como sempre, para conhecer a produção de doces, o cultivo de orquídeas e fazer comprinhas dos produtos locais.

Ao chegar na cidade subimos em um barco em formato de gôndola e percorremos por meia hora os canais, até chegar ao mercado. Antigamente era usado para comércio local, mas agora, é estritamente turístico. Ali os vendedores passeiam pelos canais em suas gôndolas, vendendo souvenir, frutas, peixes, legumes e tudo mais que se posso imaginar. É um estilo veneziano de viver, rende belas fotos!

No mercado há cobras gigantes para que os turistas tirem fotos. Eu fiquei apavorada, mas o Vanderci, meu companheiro, adorou a novidade e foi se divertir com elas. O lugar é muito interessante!


Bem próximo ao mercado flutuante tem uma criação de tigres, não estava no nosso roteiro, mas fizemos questão de conhecer. Para tirar fotos, alimentar e brincar com os filhotes, pagamos $34 dólares. São um total de 19 tigres, entre adultos e filhotes, foi uma experiência assustadora e deliciosa. Eu quase amarelei na hora de entrar na jaula, se não fosse pela insistência do meu companheiro, acho que não teria entrado. Imagine ficar preso dentro de uma jaula com um tigre... mesmo que pequeno, assusta!

Depois de tantas emoções, uma paradinha para o almoço e mais 85km, até o famoso rio Kwai. Durante a Segunda Guerra Mundial, os japoneses, usaram prisioneiros ingleses e holandeses para construir uma ponte, para ligar a Tailândia a Índia, outro país que eles pretendiam dominar. Em tempo normal levaria cinco anos para construí-la, mas os japoneses queriam que ficasse pronta em um ano, para isso, forçaram os prisioneiros a trabalhar de forma brutal e exaustiva.  Durante a construção morreram 100 mil trabalhadores, uma verdadeira tragédia.
Visitamos o museu que conta toda a história da construção, e bem a sua frente, um cemitério (sem corpos) representando todos os mortos neste período.

As 19hs chegamos de volta ao hotel, para arrumar nossas malinhas e voltar para o Brasil. Mas um voo básico de 21 horas, com escala em Addis Ababa (Ethiopia) e Lomé (Togo), e estaremos de volta a vida real.

Curiosidades da viagem:
  • Os principais turistas dos três países que visitamos são japoneses e chineses, sozinhos ou em grandes grupos, estão por toda parte.
  • No voo que fizemos do Camboja para o Vietnam, com mais de 200 passageiros, apenas 12 eram ocidentais. Esse número reflete toda nossa viagem.
  • Encontramos alguns brasileiros em Bangkok, mas no Camboja e Vietnam nenhum.
  • Devido ao alto número de orientais, o café da manhã de todos os hotéis, era sortido de sopas e comidas estranhas.
  • O trânsito é caótico em todos os países, mas o Vietnam supera, devido ao número extraordinário de motos e a falta de respeito a sinalização.
  • No Vietnam e Camboja as mulheres estão por toda parte de pijama, de todas as cores e estampas. Difícil acostumar.
  • Se vier a Tailândia, Camboja ou Vietnam, traga apenas uma roupa para passar o primeiro dia. Com R$400 (Quatrocentos reais), é possível comprar roupas para passar um mês, mesmo que as roupas seja estranhas e não use quando voltar ao Brasil, vale a pena, o calor nesses países é insuportável, mesmo estando em novembro, período do inverno. É impossível passear usando calça jeans, meu companheiro sofreu bastante, suor constante e muitas camisas molhadas.
  • Nossos dias foram muito intensos, além de cumprir todo o roteiro, nas horas de folga aproveitamos para visitar por conta própria os pontos turísticos que não estavam inclusos, isso resultou em fortes dores nos pés e pernas, e pouquíssimas horas para descansar e dormir. Dias longos, malucos, intensos e noite curtas.
  • Recomendo trinta dias para fazer nosso roteiro, as cidades têm muito lugares especiais para conhecer. Vou embora com muitas histórias e uma saudade imensa! Vontade de ficar mais um pouquinho...