segunda-feira, 23 de setembro de 2019

BALI - INDONÉSIA


Saímos de Cuiabá para São Paulo no dia 09/09/2019 as 18hs. Em Sampa aguardando algumas horas e decolamos as 3hs da manhã em direção a Doha, no Catar, este vôo teve duração de 14 horas e trinta minutos, um dos vôos mais longos que já fizemos. Durante o percurso tivemos três refeições, café da manhã, lanche e jantar. Apesar da Catar Airways, ser considerada uma das melhores empresas do mundo, nós que viajamos de classe econômica, não conseguimos perceber os benefícios, o espaço é muito pequeno, a seleção de filmes foi péssima e a refeição, como das outras companhias, sem sabor. Ficamos parados por duas horas no aeroporto do Catar, que é considerado um dos melhores do mundo, e seguimos por mais 10 horas de vôo até Bali, na Indonésia, nosso destino final.

Já conhecemos vários países da Ásia, e eles são realmente incríveis, são minhas melhores experiências de viagem, porém as viagens são longas e muito cansativas, normalmente chegamos ao destino final exaustos. 
Desembarcamos em Bali as 17:30 do dia 11/09, enquanto no Brasil ainda era 5:30 da manhã, e nós ainda demoramos três horas para sair do aeroporto e chegar ao nosso hotel.
No próprio aeroporto já trocamos o dinheiro, transformamos 200 dólares em 2.680,000 rúpias. Na conversão a cada real, representa 3.150,00 rúpias.

Bali é uma das 17 mil ilhas da Indonésia, com lindas praias, florestas, montanhas e muitos arrozais. Atualmente, principal destino de todas as blogueiras do mundo.
Neste primeiro dia ficamos hospedados em um Resort, Anaya Patri Bali, ele fica dentro de um complexo de hotéis, um lugar absolutamente seguro e isolado de toda confusão e miséria do país. Foi um tempo que tiramos para nos adaptar ao horário e se recuperar da cansativa viagem.


Pela manhã acordamos muito cedo para ver o nascer do sol, depois aproveitando o mar e piscina do resort. Ao meio dia contratamos um passeio com guia, com duração de seis horas para conhecer as principais praias da ilha. Pagamos cerca de 85,00 reais por pessoa.
Começamos pela Pantai Pandawa, uma verdadeira maravilha da natureza. Para visitá-la pagamos aproximadamente 3 reais por pessoa. Está praia é uma verdadeira piscina natural, uma praia para passar longas horas, mas ficamos pouco tempo, já que nosso objetivo do dia era conhecer o máximo de praias possível e depois programar a melhor para ficar.


No caminho para as próximas praias encontramos milhares de macacos, e é preciso tomar muito cuidado com eles, além de agressivos, gostam de roubar objetos dos turistas.

Nossa próxima parada foi a praia de Melasti, uma das mais recomendadas, nela encontrando vários noivos fazendo fotos para o álbum de casamento. Está praia é belíssima, também vale a pena passar um tempo aproveitando.


De lá seguimos para praia Padang Padang, ali sim a praia estava lotada, também tem que pagar para entrar, mas os preços são simbólicos para nós, em torno de 1,50 (um real e cinqüenta centavos). Para chegar até está praia, tem que seguir por uma grande escadaria entre rochas, prepare o fôlego. Ela foi cenário de algumas cenas do filme Comer, Rezar e Amar, gravadas em Bali.
A praia mais lotada que encontramos

De lá seguimos para o Templo Uluwatu, também conhecido como Pura Luhur Uluwatu ou templo dos macacos, ele é uma das atrações consideradas imperdíveis. Está localizado à beira de um penhasco, com cerca de 70 metros, de frente para o mar. Pagamos 50 mil rúpias, para entrar, o equivalente a 15,00 (quinze reais). É um passeio bem cansativo, melhor fazer quando o sol não estiver tão forte. Este visita é obrigatória para quem vai a Bali, mas não é nada extraordinário, já conheci inúmeros templos hinduísta mais bonitos que estes. 


Conseguimos fazer todos estes passeios de meio dia até as 16:30hs.
Para encerrar o dia, fomos conhecer Garuda Wisnu Kencana, a terceira maior estátua do mundo, é uma obra prima de Nyoman Nuarta, um artista de renome na Indonésia. A estátua foi construída em 1979 em homenagem a Proclamação da Independência da Indonésia, ela possui 120 metros de altura com asas que medem 64 metros de diâmetro. 


Ela está em um complexo incrível. Nosso motorista nos deixou no estacionamento, onde pegamos um ônibus e seguimos até a entrada principal. O ticket custa 125 mil rúpias, o equivalente a 39,00 reais. Para chegar a estátua tivemos uma longa caminhada, passando por lindas construções, é um lugar incrível, não pode ficar fora do passeio.

Ao final do dia chegamos ao nosso novo hotel, The Patry Bali, nós simplesmente desmaiamos, o dia foi muito intenso e cansativo. 
2º dia - Dia chuvoso e cheio de preguiça. Após o café da manhã, percebemos que não seria um bom dia para praia, já que a chuva não queria ir embora. Contratamos novamente um motorista para nos levar a alguns pontos turísticos. 

A principal maneira de se locomover em Bali é com as scooter (motos), 90% dos turistas optam por esse transporte, por ser o mais barato. Nós não tivemos coragem, pois o transito é caótico e enlouquecedor, além de ser mão inglesa, as ruas são mal sinalizadas e estreitas. Não chegamos a ver nenhum acidente, mas encontramos alguns turistas ralados.

Demoramos cerca de duas horas para chegar a nossa principal visita do dia, e este caminho foi ótimo, conseguimos conhecer um pouco mais da cidade e seus costumes. Durante o percurso paramos em uma tenda para provar o café de civeta (Kopi Luwak), o mais caro do mundo. Este café é aromatizado pelas fezes de um mamífero, o civeta, ele come os grãos da café, defeca, e então, as fezes são recolhidas e o café processado. As enzimas digestivas do animal, removem parte da acidez, deixando o café mais suave. O ideal seria recolher as fezes do civeta na floresta, mas eles são mantidos em cativeiro, com alimentação restrita ao café.


Acreditem, o café é uma delicia, sabor único. Custa $5 dólares a xícara.


Mais alguns quilômetros e chegamos a Tegalalang, os arrozais mais famosos de Bali, que são uma verdadeira obra de arte. Os campos são extremamente bem cuidados, esse sistema de plantio e irrigação é conhecido como subak, o solo é recortado em camadas, para que a água seja acumulada em determinados espaços. A ideia é cultivar o arroz, criando uma relação de harmonia com os deuses, as pessoas e o solo.


É um lugar belíssimo, visita indispensável. Percorremos toda a área, aproveitando para fotografar cada pedacinho.

De Tegalalang começamos nosso percurso de volta, em direção ao nosso próximo hotel, onde ficamos o restante dos dias. Neste caminho passamos em frente ao famoso mercado de Ubud, é um lugar um pouco desorganizado, mas perfeito para comprar objetos locais. Já muito cansados, deixamos a visita para outro dia. 

4º dia - Nosso quarto dia foi exclusivamente para praia e descanso. Depois de alguns dias de sol forte e muitos pontes turísticos é preciso parar e repor as energias.


5º dia - Para o quinto dia, contratamos um passeio para a ilha Nusa Penida, passeio obrigatório. Saímos as 6hs da manha do hotel e fomos até o porto para pegar uma lancha rápida e atravessa o mar, por cerca de meia hora.

Ao chegar à ilha, fomos recepcionados por um guia, que conduziu o restante do nosso dia. As estradas da ilha são estreitas e muito ruins, é quase inacreditável, que um lugar tão famoso e lotado de turistas, tenha estradas tão mal cuidadas. Fomos jogados de um lado para o outro dentro do carro, durante todo o passeio. Outra detalhe que nos chamou a atenção é o lixo espalhado por toda Nusa Penida, um verdadeiro crime ao meio ambiente. Imagino que durante o período chuvoso, as praias fiquem cheias de lixo.
(Alguns turistas mais ousados e jovens, alugam motos e circularam pela ilha.)
Tirando este detalhe, o passeio é realmente especial. Começamos por Kelingking Beach, uma linda praia de água azul cristalina, acessível apenas por um trilha, por uma hora de caminhada. Nós não descemos até ela, mas tenho certeza que vale a pena.

Mais uma hora de carro até Broken Bay, um grande buraco, por onde a água cristalina entra por baixo da ponte natural e forma uma linda praia. Logo a seguir visitamos Anges’s Billabong, uma piscina natural de frente para o mar. Ótimo local para quem gosta de mergulhar.


No inicio da tarde, fomos até a Crystal Bay, uma praia de mar cristalino, cheia de bares e barraquinhas, é ali que encerram todos os passeios da ilha. A praia estava lotada de turistas que ficam aguardando até o final do tarde, quando seguimos até o porto, para voltar a Bali.
Curiosidade: Para visitar a ilha de Nusa Penida, no embarque e desembarque, tivemos que caminhar no meio do mar, com água até a cintura, para chegar a embarcação. Definitivamente o país não é preparado para receber turistas de mais idade. Além disso, os pontos turísticos têm escadas sem corrimão, em lugares de grande risco e não existem calcadas seguras para caminhar.

6º dia – Logo pela manhã contratamos um carro para nos levar até o mercado de Ubud. Estávamos hospedados em Seminyak, um dos lugares mais populares da ilha, há muitos hotéis e restaurantes no local, além de ser ideal para ver o pôr-do-sol. Demoramos duas horas de carro até o Ubud, o transito de Bali é um caos, um congestionamento sem fim.



Ubud é um verdadeiro mercado de pulgas, com todas as lembrancinhas do país, imas de geladeira, chaveiros, estatuas, vestimentas típicas, loucas e tudo mais que você possa imaginar.
Por volta das 16hs, de volta a Seminyak, aproveitamos para ver o por do sol e se despedir de Bali, está foi nossa última noite no país.
Amor da minha vida! Vanderci Elvis Martinelli

Nossos companheiros de viagem: Jorge Manfrin e Cristina Martinelli


Curiosidades da Indonésia:
·   As oferendas aos deuses estão em todas as portas de casa, carros e comércio, temos que andar com cuidado para não pisar nelas.
·    Há templos hinduístas por toda cidade, a cada quadra, mas em geral são todos mal cuidados.
·       Base da comida: arroz, frango, porco, verduras e muita pimenta.
·    Em toda cidade os terrenos baldios são usados para plantar arroz, no meio do caos, espaços verdes para deixar a cidade mais charmosa.
·     O principal transporte de Bali são as motos, usadas também por 90% dos turistas.
·      Melhor epoca para visitar Bali é entre os meses de abril a novembro, temporada de seca no país.
·       Quem visita a ilha, com permanencia menor que 30 dias não precisa de visto.
·    Não há vôos direto do Brasil para Indonésia, a escala depende da companhia aérea.
·       A moeda de Bali é a rupia Indonésia.

Observação pessoal: Bali é mais um dos destinos famosos que você precisa visitar uma vez na vida, mas eu não desejo voltar. Na Ásia, já conheço Tailândia, Camboja, Vietnam, Singapura, Malásia e a Índia, e neste momento, voltaria a todos, menos para a Indonésia.
Motivos:
ü Existem praias mais bonitas em outros países;
ü Os templos hinduístas são mal conservados;
ü Há muita sujeira em todos os lugares;
ü Não tem estrutura para receber turistas;
ü O trânsito é um caos;
ü O custo do passeio só é barato para quem está disposto a alugar uma moto e se hospedar em lugares muito simples;
ü A viagem é muito longa, prefiro gastar esse tempo para visitar outro lugar.


domingo, 24 de março de 2019

SRI LANKA

Tivemos o primeiro vôo com a Brithsh, de São Paulo a Londres, (12horas), depois fomos de Londres a Doha, no Catar, pela Qatar Airlines, em mais 7horas, e com a mesma companhia aérea, mas 5 horas até Colombo, no Sri Lanka, antigo, Ceilão. De fato, esta é uma viagem bem cansativa, são quase trinta horas de vôo. O aeroporto principal do país, não é um lugar espetacular, suas instalações são simples e um tanto caóticas.

Para está viagem, contratamos uma empresa de turismo local, MySriLankaTravel, uma empresa séria e que atendeu todas as nossas expectativas. Na chegada um guia e motorista nos receberam. Para este primeiro dia, viajamos quatro horas e meia de Colombo a Sigiriya. (https://mysrilankatravel.com)

Primeiro dia: O Sri Lanka é um país tropical, chegamos em uma época bem quente, isto prejudicou nosso primeiro dia. Chegamos pela manhã, e tivemos que viajar durante todo o dia para chegar ao nosso hotel. No caminho, passamos na cidade de Anuradhapura, uma das antigas capitais do Sri Lanka, muito conhecida por seu valor cultural e religioso, atrai visitantes estrangeiros e locais, principalmente budistas, que a consideram sagrada.
Nosso primeiro almoço foi devidamente apimentado, como imaginávamos. Em geral as comidas locais arrancam suspiros dos turistas que não são acostumados com tanta pimenta.
No período da tarde, seguimos para um safári no Mineria Nacional Parque, bem diferente da África, pois aqui há apenas uma atração, os elefantes. É impressionante o número de elefantes que encontramos, de todos os tamanhos e em vários lugares diferentes. Na entrada do parque, trocamos nossa van por um jipe, com a devida proteção e partimos para aventura. É um passeio bem divertido.
Este foi o dia mais cansativo da viagem, depois de trinta horas de vôo, fizemos uma viagem longa de carro, parando em postos turísticos e ao final do dia um safári, para se recuperar, precisamos de uma boa noite de sono e sossego.
Nos dois primeiros dias, ficamos hospedamos no The Elephant Corridor, um hotel selvagem, no meio da mata. De todos os hotéis foi o que menos gostamos, com certeza já foi um local majestoso, hoje é somente uma construção velha.


Segundo dia - Acordamos muito cedo, pois neste dia enfrentamos um grande desafio, debaixo de sol muito forte. Nossa visita, foi a um dos pontos turísticos mais importantes do Sri Lanka, o monte Sigiriya Lion Rock. Onde há uma série de fossos, muralhas e jardins, de uma antiga cidade, construída em cima de uma rocha. Hoje considerada patrimônio mundial pela UNESCO, a cidade foi construída durante o reinado do Rei Kasyapa (477-495 D.C.) e escolhida por ele o local de onde governaria seu povo.


É um trajeto desgastante e cansativo, debaixo de sol forte, subimos 1202 degraus. Confesso que em alguns momentos, tivemos vontade de desistir. Mas conseguimos subir e tivemos uma visão recompensadora, restam apenas pedaços do palácio, mas a vista é espetacular, a construção me fez lembrar Machu Picchu, uma das Sete Maravilhas do Mundo, localizada no Peru.

Com as roupas molhadas de tanto suor, tivemos que voltar ao hotel para descansar e continuar a programação da tarde.No período da tarde, visitamos a antiga cidade de Polonnaruwa, local onde foi construída a segunda antiga capital do país. Hoje é uma cidade em ruínas, e também faz parte do Patrimônio Mundial da UNESCO. É uma área enorme e com milhares de construções para serem visitadas, fomos ver apenas algumas, mas este seria um passeio para dias.
Neste dia tivemos um exótico almoço típico do Sri Lanka, fomos a um restaurante de chão batido e coberto de palha, onde provamos todos os sabores e pimentas da região. Nosso prato era feito de folha de bananeira. Experiência única, tínhamos que vivenciar.










Depois de tanto desgaste físico para conhecer todas as ruínas, nosso guia sugeriu um momento de 
relaxamento. Tivemos o privilégio de receber uma massagem ayuverda, entramos em uma floresta e fomos recebidos em uma tenda, ali recebemos uma massagem de uma hora, desde a cabeça até a unha do pé, com óleo terapêutico. Depois ficamos 20 minutos em uma sauna, para adesão do óleo na pele, e para finalizar, um chá acompanhado de açúcar de palma. Melhor massagem da minha vida! 

Terceiro dia - Saímos da cidade Kimbissa em direção à cidade de Kandy, onde ficamos hospedamos por dois dias.
Apesar do calor muito intenso, tivemos que sair com roupas bem fechadas, pois neste dia, visitamos alguns templos, e para entrar precisamos estar com ombros e pernas cobertas.Nosso primeiro passeio foi ao templo Dambulla, uma série impressionante de templos que funcionam dentro de cinco cavernas, no centro geográfico do Sri Lanka. Em uma delas, há 157 imagens de Buda que recebem as orações diárias de monges locais. Ainda que as grutas sejam freqüentadas há mais de dois mil anos, só no século 18 é que se tornaram templos daquele porte, ganhando paredes e tetos pintados de ouro, além de centenas de estátuas. O lugar é um dos pontos mais sagrados do país, e também é Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Para chegar até lá é preciso subir longas escadarias, desde a entrada até o portal de acesso às grutas, sempre acompanhados por muitos macacos e estudantes sorridentes.


A taxa de alfabetização do país é de 90%. A maior de toda a Ásia. Aqui as crianças recebem toda a vestimenta e livros do governo, deste o primeiro momento, até a formação final. No país existem duas línguas oficiais, o cingalês e o tâmil, mas o idioma inglês também é ensinado.Depois paramos em um templo hinduísta, nós já conhecemos muitos em nossa viagem a Índia, mas não cansamos de ver as esculturas, com suas cores fortes e imagens de todos os deuses esculpidos.


Ao final do dia chegamos à cidade Kandy, onde ficamos hospedamos no, The Golden Crown Hotel é um hotel luxuoso, situado no meio de campos de arroz rodeados por uma vegetação exuberante, apenas a 10 minutos de carro do famoso Templo do Dente. A partir desde dia passamos a concentrar nossas refeições apenas nos hotéis, onde tínhamos o café da manha e jantar, durante o dia alternávamos entre as maravilhosas frutas locais e pequenos lanches em supermercados, pois não é possível comer as refeições locais, com tanta pimenta.

Quarto-dia - Neste dia saímos de manhã e fomos direto ao Jardim Botânico Real de Kandy, apesar do sol muito intenso, foi um passeio bem interessante, são no total 59 hectares, com uma enorme variedade de plantas medicinais, especiarias, orquídeas e palmeiras. Todo o espaço é extremamente bem cuidado e muito visitado pelos turistas e estudantes locais. Apesar de morarmos na região amazônica, vale à pena visitar, existem muitas espécies diferentes.


Uma das coisas que mais no chamou a atenção, foram os morcegos gigantes, que chegam a ter mais de um metro. Milhares deles sobrevoavam o parque, causando espanto em todos os visitantes. Segundo nosso guia são inofensivos.
Do jardim Botânico, seguimos para o Orfanato de elefantes, ali existem mais de 80 animais. É uma área de preservação e ao mesmo tempo exploração, pois se tornou uma das principais atrações do país, e como sabemos, estes animais são domesticados pelo homem com instrumentos rudes. Ali conseguimos ter nosso primeiro contato direto com os animais, eles ficam bem próximos e é possível alimentá-los e tirar fotos. 


Existem dois horários, no qual, 30 elefantes são levados pelo meio de uma vila, até o rio para tomar banho, é um momento fantástico, para tirar fotos e participar. Nós ficamos bem próximos da entrada e quase levamos um susto daqueles, com um elefante que veio nos acariciar com sua tromba.

Quinto dia  - Deixamos a cidade de Kandy às 10hs da manhã e seguimos para Nuwara Eliya. No caminho passamos por uma produção de chá, fomos até uma fábrica e nos mostraram todos os processos da fabricação, depois sentamos para provar vários tipos, e claro, ao final comprar algumas delícias para levar pra casa. 
Do ano de 1802 até 1948, o Sri Lanka foi colônia dos Ingleses, e eles deixaram vários traços aqui, um dele foi o cultivo do chá nas montanhas da ilha. Segundo nosso guia, eles mataram cerca de 1200 elefantes e devastaram boa parte da floresta para o cultivo do chá. Hoje toda a produção do país é entregue ao governo, que viabiliza a venda do produto para outros países. Durante todo nosso passeio, vimos muitas plantações. O Sri Lanka é o terceiro, produtor mundial de chá.


Depois da produção de chá, seguimos até uma área para praticar rafting, uma prática que se baseia na descida de corredeiras, com botes infláveis e equipamentos de segurança. Confesso que no momento da descida tive vontade de desistir, à medida que se aproxima da queda e ouvimos o barulho intenso da corredeira, o coração dispara, mas ao final, foi uma delicia. Não sei se teria coragem para repetir, mas para uma vez na vida, vale a pena.


Esta região que passamos é montanhosa, e percorremos por paisagens incríveis.

De todos os dias, este foi o que mais tempo ficamos no trânsito, que era bem caótico, com poucas paradas para os passeios, levamos o dia todo para percorrer 80 km. E falando em trânsito, o do Sri Lanka, como outros da Ásia, é bem confuso, não recomendo alugar um veículo e tentar dirigir pelo país. Normalmente tem preferência, quem for maior e mais corajoso.
Chegamos a Nuwara Eliya, por volta de 20hs. A cidade fica em uma região mais elevada, com altitude de 1868 metros, por isso oferece uma temperatura bem agradável. No horário que chegamos, estava em torno de 12 graus Celsius, isso fez dela o refugio dos ingleses. Apesar de ser uma cidade desordenada, como todas do Sri Lanka, aqui existem várias construções e espaços verdes, típicos do estilo britânico.
Ficamos no hotel Araliya Green City, um espetáculo. Chá delicioso para recepcionar os hóspedes, ambiente moderno e ótima alimentação.


Sexto dia - Saímos as 8:30 de Nuwara Eliya, neste dia fizemos um passeio incrível de trem, viajamos nele por duas horas e meia. Está já foi considerada uma das viagens de trem mais bonitas do mundo. Foi construído no período em que Sri Lanka era colônia da Inglaterra. Durante o percurso, fomos acompanhando tudo pela janela e pela porta também, onde você pode observar melhor as lindas montanhas, vilarejos e plantações. Fomos em uma cabine separa do restante do trem, nela conseguimos ir sentados tranquilamente, mas 90% dos passageiros vão apertados como sardinha, são duas horas e meia bem difíceis pra quem vai na seção maior.



      Ao chegar à nossa estação final, na cidade de Ella, partimos para outro desafio, pegamos um Tuk-tuk (moto adaptada) e saímos a toda velocidade descendo uma montanha, para ver o trem que acabamos de desembarcar, passando pela ponte dos nove arcos. Essa ponte, foi construída pelos britânicos 1566 metros acima do nível do mar, é realmente um espetáculo, passeio imperdível.


Neste dia, encerramos com um safári e chegada ao hotel Cinnamon Wild Yala. Ele fica dentro do Parque Nacional de Yala, o lugar do país onde está o maior numero de leopardos do mundo. Os chalés têm vista para a floresta, onde você fica em contato direto com a vida selvagem.

Sétimo dia – Saímos às 6 horas da manha para mais um safári, passamos toda a manha procurando pelo leopardo, mas não tivemos sorte, encontramos apenas elefantes, cervos, pavão, crocodilo, macaco, cachorros selvagens, búfalos e muitos pássaros.




Depois do safári, seguimos para a tão esperada região das praias. O Sri Lanka é banhado pelo oceano Indico. Nós ficamos hospedados de Ahungalla, uma pequena cidade costeira, onde está situado o hotel mais famoso da região, Hotel Riu. Foram dois dias de muitas aventuras, e também uma pausa para descansar. Foi ali que passamos nosso final do sétimo dia, desfrutando de boa comida e da maravilhosa praia.



Oitavo dia – O Sri Lanka é rota da baleia azul, o maior ser vivo de todo o planeta, e nós contratamos um passeio, para ir à caça deste animal. Saímos às 5 horas da manhã, da praia de Mirissa, e ficamos no mar até as 14 horas, infelizmente não encontramos a baleia, vimos apenas o seu rabo, e alguns golfinhos. Valeu à experiência, o mar é realmente lindo e não podíamos ir ao Sri Lanka e não tentar encontrar este animal.






No caminho de volta ao hotel, paramos para visitar o Forte de Galle, uma cidade fortificada, construída pelos holandeses em 1663, é um dos locais de visita obrigatória. Ele está bem preservado e também é Patrimônio Mundial pela UNESCO.

Nono dia – Chegou ao fim nosso descanso, saímos bem cedo em direção a Colombo, capital do país. No caminho paramos em uma plantação de canela, para conhecer o processo de industrialização. Afinal estávamos no país com fama de melhor canela do mundo. O sabor é bem diferente das que conhecemos no Brasil, seu aroma é sutil e doce, e sua coloração mais clara.



Curiosidade: todos os palitos de dente do Sri Lanka, tem saber intenso de canela.
Como todas as grandes cidades, Colombo é bem agitada, com diversos edifícios e grande movimento comercial. Existem construções modernas, bons restaurantes e muita confusão. Ficamos ali, apenas algumas horas. Depois seguimos em direção a Negombo, cidade mais próxima do Aeroporto Internacional de Bandaranaike, onde chegam à grande parte dos vôos internacionais.

Ao final de tarde, chegamos ao nosso ultimo hotel, o Suriya Resort, onde passamos algumas horas descansando e observando o pôr-do-sol.

Nosso passeio chegou ao fim, e nós levamos recordações maravilhosas deste país. Esperava que o Sri Lanka fosse mais parecido com a Índia, muito barulho, pobreza extrema, sujeira e confusão, mas encontramos um país bem tranqüilo, com zero de lixo pela rua, pessoas humildes e amigáveis. O transito é barulhento e caótico, mas nada comparado à Índia. 
Eu e meu esposo, Vanderci Elvis Martinelli, estivemos o tempo todo com um motorista e guia, isso facilitou muito o passeio, nos trazendo conforto e comodidade.