Voando mais uma vez pela Turkish, não posso deixar de
comentar, que as poltronas e alimentação, mesmo na classe econômica são
excelentes, bem diferentes das outras empresas que costumamos viajar. Fizemos o
voo até Istanbul, na Turquia, onde passamos a noite, infelizmente não tivemos
oportunidade de conhecer a cidade, mas fomos muito bem recepcionados pelos
turcos. No dia seguinte saímos cedo, mais uma hora e meia de voo até Dubrovnik,
localizada na região da Dalmácia, a parte mais visitada da Croácia. Ficamos
hospedados a menos de 300 metros do centro histórico da cidade, onde estão as
principais construções, cercadas por uma muralha de 1940 metros, que foi
cenário de Game of Thrones e já foi intensamente bombardeada. As muralhas podem
ser percorridas pelos turistas, proporcionando uma vista maravilhosa da cidade,
cercada pelo mar Adriático. Vale a pena, passe longas horas caminhando pelo
centro, desfrutando de boa música e comida.
A cidade dispõe de um teleférico que conecta as muralhas de Dubrovnik com o monte Srd (nome impronunciável para brasileiros), com percurso de três minutos e uma vista maravilhosa.
Ficamos em Dubrovnik um dia e meio, foi suficiente para
conhecer tudo. Alguns guias indicavam ficar até uma semana, mas não recomendo,
acredito que seja um desperdício de tempo, com tantas coisas para conhecer na
região.
(21/05) Saímos bem cedo de Dubrovnik em direção a Hvar.
Voltamos ao aeroporto para pegar um carro que alugamos. O serviço local é caótico e demorado, só depois de algumas horas,
já com o automóvel, seguimos a viagem. Passamos por Ston, cidade com a segunda
maior muralha do mundo e depois a Split, onde conhecemos o Palácio de
Diocleciano, que foi imperador em 283. Ele foi construído na baía de Split,
onde hoje há milhares de restaurantes, bares e forte comércio.
Passamos ali algumas horas percorrendo as construções e
desfrutando do ambiente descontraído. Era em Split que pretendíamos pegar uma
balsa para ir à ilha de Hvar, infelizmente não conseguimos, pois são apenas
três horários por dia e nós perdemos a saída da tarde por meia hora, isso nos
fez viajar de volta por 100km até Djrenik, lá esperamos um pouco e saímos na
balsa das 17hs. Para quem pretende fazer esse passeio é importante estar
informado sobre os horários.
O trajeto de balsa tem duração de meia hora, ao desembarcar
na cidade de Sucuraj, já na ilha de Hvar, percorremos 77km até a cidade,
passando por uma estrada difícil, porém bela, com muitas curvas e
desfiladeiros. A ilha de Hvar é uma pérola do Adriático, por seu tesouro
artístico, boas praias, clima brando e campos de lavanda, atualmente é um dos
lugares mais badalados da Europa.
(22/05) Domingo acordamos super cedo para passear, pois
ficamos hospedados no centro da cidade e o sino da igreja está bem ao lado,
batendo a cada meia hora a partir das 6hs, impossível ficar na cama. Depois de
um delicioso café no centro de Hvar, seguimos para o forte da cidade, uma linda
construção, de onde temos a melhor vista, imperdível.
Como estamos de carro, passeamos pela ilha, entrando em
pequenas cidades e parando nos pontos mais bonitos para observar e fotografar o
mar, as flores e as lindas construções. Este passeio acabou se estendendo para
a tarde, com nossa ida a Stari Grad, cidade ponto de travessia com a balsa, ali
almoçamos à beira-mar. Já no fim da tarde de volta a Hvar passeamos pela cidade
desfrutando do dia ensolarado. Fomos conhecer o famoso bar Hula-Hula, que lota
todos os dias a partir das 16hs, um lugar privilegiado, com muitos drinks e
gente bonita.
Dia 23/05 – Em Stari Grad a balsa sai apenas em três
horários, isso nos fez partir cedo para pegar a primeira as 5:30, o trajeto até
Split durou duas horas, mas esta balsa é bem estruturada, com lanchonete e
poltronas confortáveis, fácil para passar o tempo. Descemos em Split e seguimos
para Plitvice, onde estão os famosos lagos do país. No caminho passamos por
Trogir, Zadar e Zagreb, capital da Croácia, onde passamos a tarde percorrendo
os principais pontos turísticos da cidade.
Chegamos no início da noite em Jezera, a cidade dos lagos, noite agradável com uma boa chuva, um bom vinho e queijo de cabra que compramos no caminho para acompanhar. Os lagos Plitvice são Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, a paisagem natural e suas aguas esverdeadas, são difíceis de acreditar a olho nu, foi um dos lugares mais lindos que já visitei.
Com o coração partido e com as melhores imagens da viagem,
precisamos seguir, dos lagos fomos a Saravejo, na Bósnia. Bem próximo aos lagos
existe a fronteira, onde ficamos uns vinte minutos para conseguir passar. Já
com os passaportes carimbados seguimos passando por lindas paisagens à beira de
rios e construções, bem diferentes da Croácia.
Mesmo depois de duas décadas do conflito que destruiu 70%
do país, as cidades carregam o peso de ter sido cenário de violência, por toda
Bósnia e Herzegovina vimos milhares de casas abandonadas e muitas completamente
perfuradas pelos tiros do período de guerra. Pra nós foi lugar emocionante,
nunca visitei um país com tantos vestígios de um conflito.
A Bósnia é mais barata para viajar do que a Croácia,
combustível, refeições e hospedagem pela metade do preço. Pelo caminho paramos
em um restaurante típico onde ninguém falava inglês, momento para aperfeiçoar
as mímicas, ali comemos porco e carneiro com uma boa salada e pães, que tanto
aqui, quanto na Croácia são deliciosos.
Chegando a Saravejo, capital da Bósnia, percorremos todo o
centro histórico, passando por ruas estreitas e visualizando as casas
destruídas e abandonadas. A cidade possui mais de cem mesquitas, algumas
erguidas no século 16 sob orientação do Império Otomano.
Saravejo tem no centro alguns prédios modernos, mas em
geral a cidade não é bonita, tanto que paramos apenas por algumas horas no
shopping e continuamos a viagem até Foca, onde passamos a noite. Os preços na
Bósnia são simplesmente maravilhosos, nem se compara a Croácia, impossível não
comprar algumas coisas. Um fator negativo para os dois países que viajamos é o
cigarro, tenho a impressão de que todos no país fumam, o cigarro é liberado em
todos os ambientes, seja shopping, restaurantes e hotéis, em todas as mesas há
cinzeiro, impossível ficar em alguns lugares.
(25/05) Saímos de Foca em direção a Dubrovinik, passando
por Medjugoje, um santuário que atrai cristãos do mundo todo. O local ficou
famoso em 1981, quando Nossa Senhora teria aparecido para seis crianças. Há quem
diga que até hoje ocorrem aparições.
Chegamos em Dubrovinik a noite, onde passamos nosso último
dia, batendo perna e desfrutando as delicias da culinária local.
(26/05) Depois de dias deliciosos, seguimos para casa,
passando pela Turquia. Nosso voo saiu as 11:30 e duas horas depois estávamos em
Istambul, Turquia. Como tínhamos apenas uma tarde para a cidade, ficamos em um
hotel ao lado das principais atrações, Mesquita Azul e Santa Sophia, a mais ou
menos um quilômetro do Grande Bazar, onde pode-se encontrar de tudo um pouco,
doces, chás, roupas falsificadas, assim como muitas mercadorias chinesas, louças
turcas, artesanato e ouro, vale a pena dar uma passada para conhecer. Istambul
é uma cidade incrível, o centro é tomado por ruas estreitas e comércio popular,
comida pra todos os lados, muita gente, vendedores nos assediando e muitas
mesquitas espalhadas por toda cidade. Foram horas incríveis, partimos com o
coração apertado, com vontade de ficar e desfrutar de tudo. Está na lista de
próximos destinos.
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