sexta-feira, 20 de maio de 2016

Maravilhosa Croácia e Bosnia-Herzegovina, com direito a uma tarde na Turquia!

Voando mais uma vez pela Turkish, não posso deixar de comentar, que as poltronas e alimentação, mesmo na classe econômica são excelentes, bem diferentes das outras empresas que costumamos viajar. Fizemos o voo até Istanbul, na Turquia, onde passamos a noite, infelizmente não tivemos oportunidade de conhecer a cidade, mas fomos muito bem recepcionados pelos turcos. No dia seguinte saímos cedo, mais uma hora e meia de voo até Dubrovnik, localizada na região da Dalmácia, a parte mais visitada da Croácia. Ficamos hospedados a menos de 300 metros do centro histórico da cidade, onde estão as principais construções, cercadas por uma muralha de 1940 metros, que foi cenário de Game of Thrones e já foi intensamente bombardeada. As muralhas podem ser percorridas pelos turistas, proporcionando uma vista maravilhosa da cidade, cercada pelo mar Adriático. Vale a pena, passe longas horas caminhando pelo centro, desfrutando de boa música e comida.

A cidade dispõe de um teleférico que conecta as muralhas de Dubrovnik com o monte Srd (nome impronunciável para brasileiros), com percurso de três minutos e uma vista maravilhosa.

Ficamos em Dubrovnik um dia e meio, foi suficiente para conhecer tudo. Alguns guias indicavam ficar até uma semana, mas não recomendo, acredito que seja um desperdício de tempo, com tantas coisas para conhecer na região.

(21/05) Saímos bem cedo de Dubrovnik em direção a Hvar. Voltamos ao aeroporto para pegar um carro que alugamos. O serviço local é caótico e demorado, só depois de algumas horas, já com o automóvel, seguimos a viagem. Passamos por Ston, cidade com a segunda maior muralha do mundo e depois a Split, onde conhecemos o Palácio de Diocleciano, que foi imperador em 283. Ele foi construído na baía de Split, onde hoje há milhares de restaurantes, bares e forte comércio.

Passamos ali algumas horas percorrendo as construções e desfrutando do ambiente descontraído. Era em Split que pretendíamos pegar uma balsa para ir à ilha de Hvar, infelizmente não conseguimos, pois são apenas três horários por dia e nós perdemos a saída da tarde por meia hora, isso nos fez viajar de volta por 100km até Djrenik, lá esperamos um pouco e saímos na balsa das 17hs. Para quem pretende fazer esse passeio é importante estar informado sobre os horários.
O trajeto de balsa tem duração de meia hora, ao desembarcar na cidade de Sucuraj, já na ilha de Hvar, percorremos 77km até a cidade, passando por uma estrada difícil, porém bela, com muitas curvas e desfiladeiros. A ilha de Hvar é uma pérola do Adriático, por seu tesouro artístico, boas praias, clima brando e campos de lavanda, atualmente é um dos lugares mais badalados da Europa.
(22/05) Domingo acordamos super cedo para passear, pois ficamos hospedados no centro da cidade e o sino da igreja está bem ao lado, batendo a cada meia hora a partir das 6hs, impossível ficar na cama. Depois de um delicioso café no centro de Hvar, seguimos para o forte da cidade, uma linda construção, de onde temos a melhor vista, imperdível.

Como estamos de carro, passeamos pela ilha, entrando em pequenas cidades e parando nos pontos mais bonitos para observar e fotografar o mar, as flores e as lindas construções. Este passeio acabou se estendendo para a tarde, com nossa ida a Stari Grad, cidade ponto de travessia com a balsa, ali almoçamos à beira-mar. Já no fim da tarde de volta a Hvar passeamos pela cidade desfrutando do dia ensolarado. Fomos conhecer o famoso bar Hula-Hula, que lota todos os dias a partir das 16hs, um lugar privilegiado, com muitos drinks e gente bonita.

Dia 23/05 – Em Stari Grad a balsa sai apenas em três horários, isso nos fez partir cedo para pegar a primeira as 5:30, o trajeto até Split durou duas horas, mas esta balsa é bem estruturada, com lanchonete e poltronas confortáveis, fácil para passar o tempo. Descemos em Split e seguimos para Plitvice, onde estão os famosos lagos do país. No caminho passamos por Trogir, Zadar e Zagreb, capital da Croácia, onde passamos a tarde percorrendo os principais pontos turísticos da cidade.


Chegamos no início da noite em Jezera, a cidade dos lagos, noite agradável com uma boa chuva, um bom vinho e queijo de cabra que compramos no caminho para acompanhar. Os lagos Plitvice são Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, a paisagem natural e suas aguas esverdeadas, são difíceis de acreditar a olho nu, foi um dos lugares mais lindos que já visitei.



Com o coração partido e com as melhores imagens da viagem, precisamos seguir, dos lagos fomos a Saravejo, na Bósnia. Bem próximo aos lagos existe a fronteira, onde ficamos uns vinte minutos para conseguir passar. Já com os passaportes carimbados seguimos passando por lindas paisagens à beira de rios e construções, bem diferentes da Croácia.
Mesmo depois de duas décadas do conflito que destruiu 70% do país, as cidades carregam o peso de ter sido cenário de violência, por toda Bósnia e Herzegovina vimos milhares de casas abandonadas e muitas completamente perfuradas pelos tiros do período de guerra. Pra nós foi lugar emocionante, nunca visitei um país com tantos vestígios de um conflito.


A Bósnia é mais barata para viajar do que a Croácia, combustível, refeições e hospedagem pela metade do preço. Pelo caminho paramos em um restaurante típico onde ninguém falava inglês, momento para aperfeiçoar as mímicas, ali comemos porco e carneiro com uma boa salada e pães, que tanto aqui, quanto na Croácia são deliciosos.

Chegando a Saravejo, capital da Bósnia, percorremos todo o centro histórico, passando por ruas estreitas e visualizando as casas destruídas e abandonadas. A cidade possui mais de cem mesquitas, algumas erguidas no século 16 sob orientação do Império Otomano.

Saravejo tem no centro alguns prédios modernos, mas em geral a cidade não é bonita, tanto que paramos apenas por algumas horas no shopping e continuamos a viagem até Foca, onde passamos a noite. Os preços na Bósnia são simplesmente maravilhosos, nem se compara a Croácia, impossível não comprar algumas coisas. Um fator negativo para os dois países que viajamos é o cigarro, tenho a impressão de que todos no país fumam, o cigarro é liberado em todos os ambientes, seja shopping, restaurantes e hotéis, em todas as mesas há cinzeiro, impossível ficar em alguns lugares.
(25/05) Saímos de Foca em direção a Dubrovinik, passando por Medjugoje, um santuário que atrai cristãos do mundo todo. O local ficou famoso em 1981, quando Nossa Senhora teria aparecido para seis crianças. Há quem diga que até hoje ocorrem aparições.

Chegamos em Dubrovinik a noite, onde passamos nosso último dia, batendo perna e desfrutando as delicias da culinária local.
(26/05) Depois de dias deliciosos, seguimos para casa, passando pela Turquia. Nosso voo saiu as 11:30 e duas horas depois estávamos em Istambul, Turquia. Como tínhamos apenas uma tarde para a cidade, ficamos em um hotel ao lado das principais atrações, Mesquita Azul e Santa Sophia, a mais ou menos um quilômetro do Grande Bazar, onde pode-se encontrar de tudo um pouco, doces, chás, roupas falsificadas, assim como muitas mercadorias chinesas, louças turcas, artesanato e ouro, vale a pena dar uma passada para conhecer. Istambul é uma cidade incrível, o centro é tomado por ruas estreitas e comércio popular, comida pra todos os lados, muita gente, vendedores nos assediando e muitas mesquitas espalhadas por toda cidade. Foram horas incríveis, partimos com o coração apertado, com vontade de ficar e desfrutar de tudo. Está na lista de próximos destinos.